Viajar de avião durante a gravidez
Durante a gestação é perfeitamente natural que as mulheres sintam algumas dúvidas quanto às viagens de avião. As questões relacionadas com o conforto, o bem-estar, a segurança e as próprias normas parecem, nesta fase, mais importantes do que nunca.
Evidentemente, pela condição física da mulher, existem alguns cuidados a ter e protocolos a seguir, dos quais a gestante deve estar ciente.
Antes de embarcar, é recomendável que a mulher grávida fale com o seu médico para garantir que não existe nenhum impedimento físico que a impeça de fazer a viagem. Viajar de avião durante a gravidez é usualmente possível mas, em algumas circunstâncias particulares, como uma gravidez de risco, situações de anemia gestacional, sangramentos vaginais, hipertensão gestacional, insuficiência da placenta ou diabetes, o médico poderá desaconselhar que a gestante embarque neste tipo de viagem.
Exceptuando nestas situações específicas, não existe literatura que sugira que os voos durante a gestação possam ser, de alguma forma, prejudiciais para a grávida ou para o bebé.
Quais são as regras das companhias aéreas para as grávidas?
Apesar de a consulta prévia de um médico servir, desde logo, para criar algumas regras para as gestantes, já que nenhum especialista de saúde recomendará viagens no final do tempo da gravidez ou em casos limite, existem também as regras das companhias aéreas para as mulheres grávidas.
Para acautelar situações potencialmente perigosas para a futura mãe ou para o feto, estas companhias aéreas têm restrições para viagens durante o último trimestre de gestação. Assim, a maioria das companhias aéreas apenas permitem que a gestante viaje até à 27ª semana de gestação ou, em alguns casos, até à 28ª; sendo que a partir de então será preciso que a gestante se faça acompanhar de um atestado médico que garanta que a mesma está apta a embarcar no voo e que não existe nenhum constrangimento físico que a impeça de o fazer.
Na maioria das companhias aéreas, a partir das 36 semanas da gestação, o protocolo é ainda mais severo, não sendo aceites em bordo gestantes em fim de tempo, a menos que as mesmas se façam acompanhar do médico.
Estas regras visam evitar situações de parto ou parto prematuro, que possam ter implicações na saúde do feto ou da mãe. Por norma, todas as companhias tentam evitar qualquer situação clínica a bordo que não seja passível de solucionar com os primeiros socorros.
Vale a pena salientar, aqui, que o rigor aplicado nos protocolos de voo para gestantes é ainda maior quando a viagem é realizada em companhias low cost, sendo que estas contam com as regras mais estritas.
Existe algo mais a considerar ao viajar grávida de avião?
As normas das companhias aéreas para as grávidas não são os únicos aspetos que a gestante deve considerar.
Nesta fase da vida é também mais provável que a gestante se sinta fisicamente desconfortável, principalmente em voos mais longos, pelo que é recomendável que se tomem precauções para garantir uma viagem cómoda.
Referindo a sua condição, a gestante poderá solicitar um local no corredor central do avião ou junto ao corredor e ainda na zona central do avião, onde existe mais espaço para que possa estender as suas pernas.
As gestantes deverão ainda considerar, em voos de longo curso, a necessidade de circular com alguma regularidade, para estimular a circulação e evitar situações indesejadas como pés inchados ou cãibras.
Poderá, connosco, ficar a saber mais sobre as regras das companhias aéreas e os seus direitos durante a viagem de avião na gravidez.